Vou sair
Sonhei em ir
Não preciso de voltar
Não quero ficar

Agora tenho a força
Para desistir
Hoje
Parti, não vou ficar

Pensas como aconteceu
Como se acendeu
Não percebes como acabou
Amas, quem de ti não gostou

Sempre andei
Sempre desejei
Viver sem ti
Comigo em mim

Eu nunca quis
Pensar em dar-me
E viver sem nada

Sempre fizeste
Sempre quiseste
Tudo de mim

Sempre fugi
Nunca te quis
E continuo a sonhar
Com o sol a brilhar

Se há vida boa
Uma vida louca
De riso
E amor

Não quero nunca mais chorar, sobre ti

Se há vida triste
Uma vida que pediste
De dor
E paixão

Não quero nunca mais, amar-te aqui

Sempre quiseste ser
O que nunca fui
Olhares-me do alto
Olhando para baixo

Sempre quis ser
O que nunca fui
Olhar-te do chão
Sorrir-te, e partir

Conto as horas
Até tudo acabar
Fecho os olhos
Deixo passar

Nada, nada acontece
Tudo se destrói
Neste segundo eterno
De dor no peito

Por fim acordar
É pior que morrer
Voltar a sentir
O quanto dói viver!

Não obrigado
Não pedi para me amares

Deixa-te de ilusões
Conclusão é sofrer

Acendo um cigarro, e penso em escrever
Saboreio o cigarro, libertando o pensamento
Observo o fumo que se esvai
Num prazer que se repete

Sento-me na cadeira
Olho o horizonte
Nada vejo
Sinto uma brisa

Ainda sinto
Ainda Saboreio
Ainda tenho prazer
Vai dando para viver